Flamengo vence Pyramids FC por 2 a 0 e avança à final da Copa Intercontinental

Flamengo vence Pyramids FC por 2 a 0 e avança à final da Copa Intercontinental
RENATO DA ANTONIO 0 Comentários dezembro 14, 2025

Dois cabeçadas. Dois gols. Uma vitória que levou o Clube de Regatas do Flamengo à final da Copa IntercontinentalAhmed bin Ali Stadium. Na noite de sábado, 13 de dezembro de 2025, o time carioca derrotou o egípcio Pyramids FC por 2 a 0 no Doha, garantindo vaga contra o Paris Saint-Germain na decisão, marcada para 17 de dezembro no mesmo estádio. O que parecia um jogo equilibrado virou uma aula de eficiência — e de bola parada.

Dois zagueiros, dois gols: a força das bolas paradas

Nada de dribles deslumbrantes ou arrancadas de ponta. O Flamengo decidiu o jogo com o que sabe fazer melhor: cabeçadas de zagueiro. Aos 24 minutos, Léo Pereira, de cabeça, abriu o placar após cruzamento de Keta. Aos 52, foi a vez de Danilo, também de cabeça, fechar o jogo. Ambos os gols vieram de escanteios. Nada de jogadas de movimento, nada de velocidade. Apenas precisão, timing e força aérea. Aos 190 segundos da transmissão da beIN SPORTS, o comentarista já avisava: “Dangerous set piece opportunity for Flamingo — Keta the danger man to swing it in”. E foi exatamente isso: uma ameaça constante, repetida, eficaz.

Ao contrário do que muitos imaginavam, o Flamengo não precisou dominar o jogo com posse de bola para vencer. Mesmo assim, teve 68,3% de posse — quase o dobro do adversário. Foram 7 chutes contra apenas 3 do Pyramids FC. E o mais impressionante? Zero impedimentos. Zero erros defensivos. O time brasileiro não só marcou como se manteve impecável atrás. A defesa, com Léo Pereira e Danilo como pilares, não deixou espaço. O egípcio Lashin, citado na transmissão, tentou levantar a equipe, mas a pressão do meio-campo de Jorginho e Erick Pulgar sufocou qualquer tentativa de contra-ataque.

Um time que não desiste — e um adversário que tentou, mas não conseguiu

O Pyramids FC, campeão da Liga dos Campeões da África, entrou com a mentalidade de quem queria surpreender. Nos últimos 15 minutos da primeira etapa, chegou a assustar. O zagueiro Léo Ortiz, em uma tentativa de cabeçada, quase empatou, mas Rossi, o goleiro do Flamengo, fez uma defesa de elite. Aos 45’, o estádio em Doha respirou aliviado. O time egípcio, com apenas três jogadores de ataque efetivos, não tinha profundidade. O meia Everton, citado em comentários da beIN, tentou organizar, mas sem criatividade. Aos 74’, quando substituíram o atacante Karos por Juninho, já era tarde. O Flamengo, com o placar no quadro, fechou o jogo como um time experiente — não com medo, mas com controle.

As estatísticas da as.com confirmam: o Flamengo teve 20 recuperações de bola contra 23 do adversário, mas com 5 faltas cometidas e apenas 5 sofridas. Ou seja: não precisou de violência. Precisou de inteligência. E isso é o que diferencia um campeão da Copa Libertadores de um time que só chegou à final continental por sorte. O Pyramids FC, apesar da coragem, não tinha a mesma qualidade técnica. E isso ficou claro quando, aos 86’, o zagueiro Saúl Ñíguez cometeu uma falta tola, dando ao Flamengo mais uma chance de bola parada — que, claro, não desperdiçou.

Paris Saint-Germain teme o duelo — e não é à toa

Paris Saint-Germain teme o duelo — e não é à toa

O treinador do Paris Saint-Germain, Luis Enrique, não escondeu o desconforto. Em entrevista à ESPN, após o fim da partida, disse: “Quero evitar enfrentar os campeões sul-americanos na final. Eles são físicos, organizados e letais nas bolas paradas”. Não foi só um comentário de treinador. Foi um alerta. O PSG, que venceu a Ligue 1 em 2025, ainda não enfrentou um time com a mesma combinação de força, disciplina e eficiência que o Flamengo mostrou em Doha. E agora, o time francês terá que enfrentar não apenas o favorito, mas o time que mais cresceu nos últimos meses — desde a conquista da Libertadores, em julho.

O Flamengo, que já havia vencido o River Plate na final da Libertadores, entrou na Copa Intercontinental como o time mais bem preparado da temporada. A escalação com Rossi, Alex Sandro, Léo Pereira, Danilo, Varela, Jorginho, Pulgar, Everton, de Arrascaeta, Carrascal e Plata era a mesma da final continental. As substituições — Wallace Yan, Samuel Lino, Michael Delgado e Emerson Royal — foram feitas com precisão cirúrgica, mantendo o ritmo. Nada de caos. Tudo planejado.

Uma final que vai além do troféu

Uma final que vai além do troféu

A final da Copa Intercontinental, marcada para 17 de dezembro no Ahmed bin Ali Stadium, não é só um jogo. É um marco. É o primeiro confronto direto entre o campeão da América do Sul e o campeão da Europa desde 2022. É a chance do Flamengo de consagrar-se como o melhor time do mundo em 2025 — e não apenas da América. É a oportunidade do PSG de provar que ainda é o rei do futebol europeu. Mas, se o que vimos em Doha for o padrão, o Flamengo tem tudo para levar o troféu.

Os torcedores brasileiros já começam a cantar o hino. Os europeus, em Paris, já começam a treinar defesas contra escanteios. E o mundo do futebol, de repente, percebeu: o Flamengo não está apenas jogando. Está escrevendo história.

Frequently Asked Questions

Como o Flamengo se classificou para a final da Copa Intercontinental?

O Flamengo garantiu sua vaga como campeão da Copa Libertadores de 2025, após vencer o River Plate na final em julho. A competição concede uma vaga direta ao campeão sul-americano, que enfrenta o vencedor da Liga dos Campeões da África — neste caso, o Pyramids FC. A vitória por 2 a 0 em Doha, em 13 de dezembro, confirmou sua classificação para a final contra o Paris Saint-Germain.

Por que os gols do Flamengo vieram de bolas paradas?

O técnico do Flamengo priorizou a eficiência sobre a exibição. Com dois zagueiros altos e técnicos — Léo Pereira e Danilo — e um time bem treinado em escanteios, o clube optou por explorar a fraqueza defensiva do Pyramids FC, que tinha pouca altura e pouca organização nas bolas paradas. Os cruzamentos de Keta e de Arrascaeta foram perfeitos, e os gols foram resultado de treinamento constante, não de sorte.

O Pyramids FC teve chance de vencer?

Tiveram, sim. Nos últimos 10 minutos da primeira etapa, o time egípcio pressionou e quase empatou com uma cabeçada de Léo Ortiz. Mas a defesa do Flamengo, com Rossi e Danilo, foi impecável. Além disso, a falta de profundidade ofensiva e a baixa posse de bola (31,7%) limitaram suas chances. Ainda assim, a equipe mostrou coragem — mas não qualidade suficiente para superar o campeão sul-americano.

Qual é o histórico entre Flamengo e Pyramids FC?

Nunca haviam se enfrentado antes. Esta foi a primeira partida entre clubes das confederações CONMEBOL e CAF em uma competição oficial da FIFA. O Flamengo é o primeiro time brasileiro a enfrentar um clube egípcio em uma final continental. A partida em Doha, portanto, é histórica — não só pelo resultado, mas pela inédita conexão entre os dois continentes no futebol moderno.

O que está em jogo na final contra o Paris Saint-Germain?

Além do troféu da Copa Intercontinental, o vencedor será reconhecido como o melhor clube do mundo em 2025. O Flamengo busca seu primeiro título mundial desde 2019, enquanto o PSG tenta reafirmar seu domínio europeu. A partida também tem impacto financeiro: o campeão leva cerca de R$ 2,3 milhões em prêmios da FIFA. Mas, mais que isso, é uma questão de identidade: o futebol sul-americano contra o europeu — e o Flamengo, agora, é o representante mais temido.

Quais jogadores do Flamengo merecem destaque após a vitória?

Léo Pereira e Danilo, com os dois gols, foram os heróis. Mas também merecem destaque Jorginho, que controlou o meio-campo com precisão, e de Arrascaeta, que criou as principais chances de ataque. O goleiro Rossi fez três defesas cruciais, e Alex Sandro, apesar de não marcar, foi impecável nas transições. O time inteiro jogou como um só — e isso é o que mais assusta o PSG.