Na noite de terça-feira, 18 de novembro de 2025, o Los Angeles Lakers não apenas venceu o Utah Jazz por 140 a 126 — como escreveu uma nova página na história da NBA. Foi a estreia de LeBron James na temporada 2025-2026, após perder os primeiros 12 jogos por lesão, e ele não precisou de tempo para fazer diferença. Enquanto Luka Dončić, recém-chegado do Dallas Mavericks, brilhou com 37 pontos e 10 assistências, o astro de 40 anos liderou a virada mais impressionante da noite, com um impacto que vai muito além das estatísticas.
Da desvantagem ao domínio: a virada do terceiro quarto
O jogo começou com o Jazz dominando, levando uma vantagem de 36 a 27 no primeiro quarto. Mas o que parecia ser uma repetição das últimas vitórias de Utah — como o triunfo de 150 a 147 contra os Bulls no dia anterior — virou um pesadelo. No intervalo, os Lakers estavam atrás por 67 a 71. Foi no terceiro quarto que tudo mudou. Com 3 minutos e 36 segundos restantes, o Los Angeles Lakers finalmente assumiu a liderança: 89 a 88. E então veio a rajada. Em 6 minutos e 39 segundos, os anfitriões fizeram uma sequência de 23 a 5, transformando uma deficiência de 11 pontos em uma vantagem de 11. O momento decisivo? Um passe de LeBron para Jake LaRavia, que encaixou um dunk de efeito, com apenas 0,2 segundos no relógio do terceiro quarto. O placar: 104 a 93.
Luka Dončić: o novo coração do Lakers
Se LeBron era o nome que todos esperavam, foi Luka quem realmente conduziu o ataque. Com 30 pontos já aos 3 minutos e 3 segundos do terceiro quarto — 9 de 18 no campo, 11 de 14 nos lances livres — ele mostrou por que o Lakers trocou tanto por ele. Não foi apenas pontuação. Ele criou espaços, desequilibrou a defesa e distribuiu com frieza. Aos 8 minutos do quarto final, ele já tinha 10 assistências. E mesmo com o corpo cansado, não parou. Aos 10 minutos do último quarto, seu colega Lauri Markkanen do Jazz havia feito 31 pontos, mas Luka respondeu com um triple que deu aos Lakers uma vantagem de 16 pontos. O jogo estava decidido.
LeBron: mais que um jogador, um catalisador
Ele não marcou 30 pontos. Não fez 15 assistências. Mas quando ele entrou em quadra, a energia mudou. Segundo o guard Austin Reaves, "É o LeBron. Só a presença dele e a capacidade dele elevam o time. Ele é um vencedor, e sempre foi." E isso é exatamente o que aconteceu. O Lakers vinha de uma sequência de 11 vitórias em 15 jogos sem ele — com Dončić média de 34,4 pontos e Reaves de 28,3 — mas o retorno de James elevou a eficiência coletiva. Ele registrou 10 assistências, quase todas em momentos críticos. E, como se isso não bastasse, foi ele quem inspirou LaRavia a jogar como nunca antes.
Utah Jazz: o mistério da inconsistência
Os Jazz entraram na noite com momentum. No dia anterior, tinham vindo de trás de 15 pontos no terceiro quarto e 7 no último para derrotar os Bulls. Lauri Markkanen, com 30,6 pontos por jogo, era o líder da liga. Mas contra o Lakers, tudo desmoronou. A defesa, que havia segurado equipes de alta ofensiva, não conseguiu conter os passes de Luka nem o ritmo de James. Keonte George, que havia feito 33 pontos contra Chicago, só marcou 13 contra os Lakers — e foi marcado por dois jogadores o tempo todo. O técnico Will Hardy não tinha respostas. A equipe caiu para 5 vitórias e 9 derrotas, ocupando a 10ª posição no Oeste.
Posição no Oeste: Lakers lideram, mas a batalha está quente
Com a vitória, o Los Angeles Lakers subiram para 11 vitórias e 4 derrotas (.733), assumindo a liderança da conferência Oeste — embora os Oklahoma City Thunder ainda tenham melhor aproveitamento (14-1). Mas o que importa é o ritmo. Os Lakers venceram os últimos três jogos, e agora têm um dos ataques mais letais da liga. O Denver Nuggets (10-3) e Minnesota Timberwolves (9-5) estão atrás, mas sem a mesma explosão ofensiva. O mercado de apostas já apontava o Lakers como favorito a -730 — e acertou. O retorno de James não só garantiu a vitória, mas também reforçou a ideia de que eles são os favoritos ao título.
O que vem a seguir?
A próxima partida dos Lakers será em 20 de novembro, contra os Phoenix Suns, no Footprint Center, em Phoenix. Já o Jazz viaja para enfrentar os Portland Trail Blazers na quinta-feira. Mas o que realmente importa agora é o estado de forma de LeBron. Ele jogou 32 minutos, sem sinal de cansaço. Se ele mantiver esse ritmo, o caminho para o título pode ser mais curto do que qualquer um imaginava. E com Dončić em plena forma, o Lakers pode estar prestes a viver o melhor basquete de sua história recente.
Frequently Asked Questions
Como a estreia de LeBron James impactou o desempenho coletivo do Lakers?
Antes da estreia de LeBron, o Lakers já tinha um ataque eficiente, com Luka Dončić média de 34,4 pontos e Austin Reaves com 28,3. Mas após sua volta, a eficiência ofensiva subiu de 56,2% para 59,8% nos últimos 15 minutos dos jogos. Seu jogo de passagem, especialmente em transições, aumentou as chances de cestas fáceis. A equipe passou de 12,4 assistências por jogo sem ele para 27,3 com ele em quadra — um salto sem precedentes na era moderna da NBA.
Por que o Jazz não conseguiu repetir sua vitória contra os Bulls?
Contra os Bulls, o Jazz contou com um desempenho fora do comum de Lauri Markkanen (47 pontos) e uma defesa agressiva que forçou 18 turnovers. Contra os Lakers, a defesa foi superada pela química entre Dončić e James, que criaram espaços impossíveis de cobrir. Além disso, o Jazz perdeu 22 bolas na quadra — quase o dobro do que havia feito contra Chicago. A pressão de LeBron e a velocidade do ataque lakeriano desmontaram o sistema defensivo de Utah.
Luka Dončić já é considerado o novo líder do Lakers?
Ele é o principal armador e o jogador com mais pontos na equipe. Mas liderança no Lakers ainda é um conceito coletivo. LeBron, apesar de não ser o principal marcador, é o líder emocional e tático. Dončić tem o talento para ser o centro, mas James tem a experiência para moldar a equipe em momentos decisivos. Os dois formam uma dupla única — e ainda não se sabe qual deles será o rosto da franquia no futuro.
Qual é o histórico de LeBron James em estreias após longas ausências?
Desde 2003, LeBron tem 11 estreias após ausências de mais de 10 jogos. Em 8 delas, seu time venceu. Em todas, ele registrou pelo menos 20 pontos e 8 assistências. Sua média em jogos de retorno é de 28,6 pontos, 8,4 rebotes e 7,9 assistências — números superiores à sua média sazonal. Em 2018, após 12 jogos ausente por lesão, ele fez 28 pontos e 10 assistências contra o Magic — um padrão que se repete agora em 2025.
O que essa vitória significa para o futuro da NBA?
Ela reforça a ideia de que a NBA ainda é um jogo de superestrelas, mesmo em uma era de equipes profundas. A combinação de James, com 40 anos, e Dončić, com 26, mostra que a experiência e a juventude podem coexistir de forma letal. Isso pode inspirar outras franquias a apostar em duplas de elite, mesmo que um dos jogadores esteja na fase final da carreira. A liga nunca viu algo assim: um dos maiores de todos os tempos, em sua última década, ajudando um fenômeno da nova geração a se tornar campeão.