Primeiro tempo: um início delicado para o River
Logo nos primeiros minutos, o Palmeiras já sentia a pressão da torcida que lotou o Allianz Parque. O River Plate, porém, não demorou a responder: Maximiliano Salas recebeu um cruzamento preciso de Juan Fernando Quintero e chegou ao fundo da rede, colocando o time argentino na frente. Foi um revés que, a princípio, parecia indicar que a história poderia repetir os clássicos de desempate da Libertadores.
O gol inicial trouxe à tona a velha dúvida que ronda o River sob o comando de Marcelo Gallardo: será que o elenco envelhecido ainda consegue sustentar o ritmo exigido pelos jogos de mata‑mata? Com veteranos como Nacho Fernández (35) e Enzo Pérez (39) ainda em campo, a energia parecia faltar nos momentos críticos.
Ao perceber o risco de deixar o placar virar, o técnico do Verdão fez ajustes rápidos. Vitor Roque, que já vinha sendo observado como peça chave da campanha, ganhou liberdade na ponta esquerda e aproveitou um descolamento de Dudu para fechar a partida com o primeiro gol do Palmeiras. O empate trouxe alívio imediato à torcida e mudou o clima da partida.

Segundo tempo: domínio completo e a classificação
Com a partida reaberta, o Palmeiras passou a controlar a posse de bola e a impor seu estilo de jogo. A postura defensiva dos argentinos começou a ceder espaço, permitindo que os meias criassem oportunidades para os atacantes. Foi nesse cenário que José López, quem poucos esperavam ser personagem, decidiu assumir a responsabilidade.
Nos acréscimos do segundo tempo, López recebeu a bola ainda na intermediária, girou e chutou firme de fora da área, deixando o goleiro River, Pablo Vázquez, sem chance. A rede balançou novamente e o Allianz Parque explodiu em comemoração. Pouco depois, o argentino tentou reagir, mas a defesa alviverde, bem posicionada, desarmou a jogada e entregou a bola novamente a López, que não perdoou e ampliou o placar de cabeça.
Com 3 a 1, o Palmeiras consolidou a vantagem e, ao final da partida, saiu vitorioso por 5 a 2 no agregado. A classificação garantiu ainda um prêmio de US$ 2,3 milhões, elevando o total de premiações para R$ 56,8 milhões, número que inclui os ganhos da fase de grupos (US$ 6,23 milhões) e da fase de mata‑mata.
- Premiação total até agora: aproximadamente R$ 56,8 milhões.
- Valor adicional se chegar à final: mais R$ 38,2 milhões.
- Premiação do campeão: R$ 131,2 milhões.
Além do aspecto financeiro, a vitória reforça a imagem do Palmeiras como um dos clubes mais consistentes da América do Sul. A disciplina tática imposta pelo técnico Abel Ferreira, somada à frieza de seus finalizadores, mostrou que o Verdão sabe lidar com a pressão dos grandes confrontos.
Para o River Plate, a eliminação abre um capítulo de reflexão. As decisões de Gallardo, como a saída de Quintero no intervalo, foram duramente criticadas pelos torcedores. A necessidade de renovação do elenco ficou ainda mais evidente, já que a dependência de jogadores acima dos 35 anos tem comprometido a competitividade nos torneios internacionais.
Agora, o Palmeiras aguarda o resultado do confronto entre São Paulo e o LDU Quito para descobrir quem será seu adversário nas semifinais. Seja qual for o próximo desafio, o Verdão demonstra estar em boa forma física e mental para buscar o título, que pode elevar ainda mais o caixa do clube com a soma dos prêmios de disputa da Libertadores e da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.